A Casa Selvagem do Chef Alex Atala

02/12/2011 19:07

Nem só de boa comida vive Alex Atala. A casa do chef mais famoso do Brasil mostra que ele e sua família nutrem outras paixões: a arte, a cultura indígena, a caça legal. O refúgio no Sumaré, bairro na zona oeste de São Paulo, abriga ainda móveis vintage, souvenirs de viagens e, claro, referências à gastronomia.

 
No salão e na cozinha do restaurante – seu conceituado restaurante, o D.O.M. -, Atala ostenta um enorme cocar de índio com penas azuis, um licor de jabuticaba feito por ele próprio, estatuetas do The World’s 50 Best Restaurant Awards e livros sobre caça legal de animais. Essas são algumas das coisas que encantam o chef que também estão presentes na residência do Sumaré. “É um catado de coisas que fomos colecionando”, explica ele, que só nos últimos seis meses esteve no Peru, no Japão, na Dinamarca, na Tailândia, em Londres, Nova York, Minas Gerais, Recife e Florianópolis.
 
À esq., Alex Atala e sua esposa, Marcia Lagos. À dir., na área externa, marcas do melhor da arte de rua
 
Para decorar a casa, que desce por uma encosta em cinco andares assimétricos, Atala teve a ajuda dos decoradores José Roberto Moreira do Valle nos ambientes mais formais e Augusto Perez nos mais descontraídos. Ela é cheia de referências à vida e às paixões de Atala, que coleciona motos antigas e já foi DJ. Mas, além de equipamentos de som e mecânica, a residência conta com relíquias como um mural japonês, um armário chinês, braceletes de ferro etíopes e até uma caveira mexicana que celebra o Dia de los Muertos.
 
A caça e a pesca são temas constantes, como nas flechas que compõem um candelabro de cristal ou em uma pele da zebra caçada na África que ancora cadeiras de Zanine Caldas e um sofá Chesterfield. Uma das principais fontes de inspiração de sua cozinha, a Amazônia se faz presente tanto na parede amarela azulejada do lavabo, com gravuras de tucanos e um imenso colar de penas vermelhas, quanto na entrada da casa, onde um tecido pintado à mão reproduz pinturas corporais dos caiapós.
 
À esq., a pele de zebra ancora o ambiente de estar, com cadeiras de Zanine Caldas e sofá Chesterfield. À dir., sobre a mesa dos anos 1960, abajur de acrílico do mesmo período, quadro de tecido pintado à mão por índias caiapós e balaio feito pelos índios baniwa, na AmazôniaÀ esq., na cozinha do piso inferior, móvel laqueado de branco e máscaras africanas. À dir., a biblioteca mostra a paixão de Atala pela caça legal de animaisÀ esq., na biblioteca, sobressaem, na parede, as cabeças de animais caçados por Atala mundo afora. À dir., peças garimpadas em viagens

 

Fonte: Casa Vogue