Shenyang Acrobatic Troupe of China - Circo da China
19/09/2011 10:17
Dança e acrobacias com cordas são um dos momentos mais ricos no
visual do espetáculo. Imagem: NANDO CHIAPPETTA/DP/D.A PRESS
Em três apresentações com casa cheia – mas não lotada – no Chevrolet Hall, em Olinda, o Shenyang Acrobatic Troupe of China - Circo da China mostrou força, elasticidade e técnica que fazem jus à fama que conquistaram ao redor do mundo.
A performance dos 50 artistas, sendo 12 deles menores de 16 anos, impressiona, um verdadeiro presente aos olhos de quem admira a superação dos limites físicos. Muitos dos profissionais se dedicam à profissão desde a infância, quando ingressam na escola de artes circenses do Circo da China, e o resultado pode ser visto em contorcionismos inimagináveis.
A perfeição, entretanto, pode esbarrar em problemas na execução. E a sensação de que poderia ser melhor se encaixa ao espetáculo Sky mirage 2. A sincronia entre os integrantes falha em todos os números, desde quadros mais tradicionais, como a lira (aparelho circular parecido com um bambolê, suspenso), até os inusitados, como um em que fazem acrobacias com o pé, equilibrando chapéus. Algo parecia errado, talvez reflexo da cansativa jornada de viagens, pois se sabe que ensaios não faltam.
O fato é que, na noite da sexta-feira, os acrobatas erraram cerca de oito vezes um dos quadros mais difíceis, em que mergulham entre estruturas circulares, colocadas umas em cima da outras. Quando o grau de dificuldade aumentou, os chineses derrubaram as argolas. A plateia respondeu com aplausos incentivadores e os chineses repetiram o número até acertar. No sábado, não houve um erro sequer.
As acrobacias em quatro rodas gigantes, um dos momentos mais esperados pelos que acompanharam as notícias veiculadas antes das apresentações, ficou de fora da apresentação. Limitações do palco do Chevrolet Hall ocasionaram a exclusão do número. O orçamento de Sky mirage 2, visto por espectadores de mais de 50 países, foi de R$ 5 milhões.
Fonte: Diário de Pernambuco